Qual o motivo que te levou a escolher a Licenciatura em Criatividade e Inovação Empresarial?
Passei os meus 3 anos de ensino secundário a esforçar-me para entrar em arquitetura na Universidade do Porto. Adorava o facto de poder aliar a vertente lógica com a criativa. No entanto, quando cheguei a meados do meu 12º ano, e depois de já estar inscrita em exames de melhoria, decidi que afinal arquitetura não era para mim. Julgo que quase todos temos uma fase de indecisão na altura de tomar decisões importantes, e foi isso que me aconteceu. Voltei à estaca zero, sem saber o que queria seguir. Foi, ironicamente, numa aula de Química que uma amiga minha (que está agora a terminar a sua licenciatura em Marketing no ISCAP) deu-me a conhecer a licenciatura em Criatividade e Inovação Empresarial e disse “é a tua cara!”. Vi o plano de curso, descobri ter mobilidades Erasmus, estágios, e juntava a lógica à criatividade: tudo o que eu queria. Nesse dia, quase nem pensei mais no assunto, ficou decidido!
Escolhi a licenciatura por “ser a minha cara” e porque me ia obrigar a desafiar-me a mim própria (Erasmus e estágios) e fiquei bem entregue!
Ao longo destes três anos quais as principais competências adquiridas ou as maiores características desenvolvidas?
Penso que o meu curso, mais do que competências técnicas e teóricas, dá-nos a oportunidade de desenvolver competências para “viver no mundo real”. Na minha mobilidade na Lituânia (e primeira experiência a viver fora de casa) fui basicamente “forçada” a desenvencilhar-me sozinha, que nem foi bem sozinha porque estava com todos os meus colegas. Penso que crescemos todos imenso nesse semestre. Viver 5 meses num país com uma cultura completamente diferente da portuguesa dá-nos uma incrível capacidade de adaptabilidade a novos ambientes e temos que aprender muito rápido. Competências que considero essenciais no mercado de trabalho hoje em dia.
Os dois estágios curriculares são, sem dúvida, um dos pontos fortes desta licenciatura. Tal como na condução, só aprendemos a conduzir quando já temos a carta nas mãos, e sinto que na nossa área é isso mesmo; e os estágios dão-nos essa oportunidade antes de termos o diploma na mão.
Em contexto sala de aula, as unidades curriculares de “Leadership” e “Public Speaking” foram das minhas preferidas, exatamente por terem-me preparado para o mundo real, de uma forma muito prática e concreta.
Como descreves o ambiente académico do ISCAP?
Durante estes três anos digo, com orgulho, que me “meti” em tudo o que podia. Fiz parte da praxe, das listas candidatas à AE, do jornal “A Coluna”, das comissões organizadoras da Odisseia da Comunicação e da ISCAPADELA DESPORTIVA, da Comissão de Curso e da Tuna Feminina do ISCAP. E, por mais que soe às vezes a isso, a maioria destes projetos não serviram apenas para eu adicionar ao meu currículo. Desde o primeiro momento no ISCAP que me senti parte de uma comunidade, e, como tal, quis ser uma parte fulcral dessa comunidade.
Descreveria o ISCAP como uma escola de amigos, porque o ambiente académico é, de facto, fantástico. Vê-se muito este incrível espírito na Praxe. Ao contrário de grande parte das universidades, a Praxe do ISCAP não é vista como algo que deve ser proibido. Para além de proporcionar momentos de diversão em semestres complicados e stressantes, a praxe é uma ferramenta incrível para fortalecer os laços entre estudantes e aprender coisas novas. Sem dúvida que a relação entre estudantes no ISCAP é de celebrar, e todas as atividades desenvolvidas tanto pela praxe, como pela AE, pelas tunas e pelo ISCAP em si, são de louvar, por se focarem no fortalecimento destas relações.
Consideras-te preparado para ingressar no mercado de trabalho?
Modéstia à parte, sim, considero que sim. Como referi em cima, os dois estágios curriculares que realizei nestes três anos foram sem dúvida as experiências que mais me prepararam para o mercado de trabalho. Sei que o facto de ter participado em vários projetos extracurriculares também foi essencial para a minha preparação e desenvolvimento de competências.
Claro que, daqui para a frente, o caminho é mais difícil, e ainda tenho muito para aprender. Mas sem dúvida que o meu percurso no ISCAP me preparou muito bem para passar à próxima fase: o mercado de trabalho.